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quarta-feira, 29 de junho de 2011

O NÃO DIZÍVEL

No território da racionalidade existem algumas formas lógicas muito conhecidas entre nós Homo Sapiens: interpretar, descrever, narrar, comparar, comprovar com evidências, analisar. São possibilidades comunicativas em nossas relações. A academia se vale destes recursos do intelecto fruto do cognitivo, produções do sistema cortical, muito bem adaptato à comunidade científica e à lógica do mercado capitalista. O pensamento linear, tão bem elaborado nos âmbitos sociais inclusive nos grandes tribunais,se evidenciando até mesmo no tribunal interior de nossa consciência, é o raciocínio lógico de nossos pensamentos, que analisa, julga e compara. Porém, há um aspecto da consciência humana que não pode ser expresso por palavras, sejam elas externalizadas ou ditas através das vozes internas dos pensamentos. Há uma face que não pode ser dita. Querendo dizer, perdemos. Podemos sentir, é possível reconhecer a presença mas, quando entra a palavra, desaparece imediatamente. Este é o aspecto da alma humana que alguns pensadores chamaram de "luminoso", "tremendum", impossível de ser dito, mas possível de ser vivido, sentido, reconhecido na presença. Existe o dizível mas igualmente existe o indizível, aqui se encontra o mistério.
Abraços ****
Vivi

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