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segunda-feira, 30 de abril de 2012

AS APARÊNCIAS ENGANAM OU SELECIONAM

Se considerarmos os equívocos da percepção, como diria Edgar Morin, o componente alucinatório da percepção, em tantos momentos onde confundimos “corda com cobra”, podemos reconhecer que as aparências enganam. Sabemos que a realidade nem sempre é da forma como a vemos, pois muitos são os filtros mentais entremeados aos padrões mentais que deturpam ou mascaram a realidade tal como ela se apresenta, portanto neste jogo as aparências enganam. Por outro lado, há também o risco evidente nesta modernidade em que as aparências selecionam, tal como acontece no mercado de trabalho, nos fóruns penalizantes, onde as pessoas que possuem determinados atributos tais como – magro, alto, belo – muitas vezes são beneficiadas em detrimento de outras pessoas que não portam estas aparências. Do ponto de vista da equidade social a questão da aparência assume um caráter altamente desafiador, discriminatório e até preconceituoso. Então como se colocar no mundo diante destes desafios? O “lookismo” da super valorização das aparências, onde o valor dos sentidos, da imagem da eterna jovialidade tem sido altamente valorizado em grande parte das relações sociais inclusive nos âmbitos profissionais jurídicos, corporativos, educacionais, sem nenhuma consciência deste fenômeno, trazendo consequências seríssimas para as pessoas que não portam os atributos naturais necessários e acabam sendo capturadas pelo mercado, vendendo-se e rendendo-se ao consumo exagerado do endividamento, ou entregando seus corpos que se tornam objeto da indústria da estética e acabam sendo dilacerados nas cirurgias intervencionistas trazendo mais e mais frustração. A supervalorização das aparências é algo que está presente nesta modernidade e ainda não sabemos o que vai acontecer, com nossas crianças, jovens e adultos, que são facilmente capturados pelo mercado e suas instituições. Abraços **** Vivi

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