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quinta-feira, 28 de junho de 2012

A COERÊNCIA

Há quem diga que sábio é aquele que sabe que não sabe e que, portanto está sempre receptivo ao novo, porque sabe que ainda tem muito por aprender. Ignorante, é aquele que se diz saber tudo e de tudo e que, portanto nada mais precisa aprender. A experiência do viver evidencia que poucos são os sábios e muitos são os que teimam com a sua verdade, como sendo a única verdade. Onde entra o ser coerente? A “coerência é um espectro que atormenta as mentes medíocres”, diria Charles Tilly quando nos alerta para o terreno traiçoeiro da análise contextualizada do processo histórico mundial. Tanto o sábio quanto o ignorante, são personagens do teatro social, mas ocorre que, com as redes sociais e a disponibilidade das informações que circulam pelas redes, ser coerente e sustentar atitude coerente não tem sido uma tarefa fácil, porém não consigo vislumbrar outros caminhos. A coerência incomoda muitas pessoas que tentam por todos os meios convencer os outros das suas verdades como sendo absoluta, sem a menor disposição para ampliar seu horizonte e tentar compreender outras possibilidades. O coerente preserva um certo ritmo, uma cadência pautada pelo discernimento, bom senso, respeitando os tempos, sendo transparente e fiel à realidade dos fatos e acontecimentos, mas disposto à mudança sempre que necessário. O coerente não teme os outros, pois eles não o ameaçam. O coerente se relaciona com o mundo de forma clara e verdadeira, não precisa mentir nem gerar pequenas mentiras, ou mesmo omitir certos aspectos para atender conveniências. O coerente se nutre da justiça interior, da sua autoridade que o vitaliza em suas realizações. Manter relações coerentes pode até não ser muito confortável, mas é muitíssimo mais salutar. Abraços **** Vivi

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