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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O DISCURSO

Numa sociedade do espetáculo e entretenimento, onde todos querem marcar presença, evidenciando-se de todas as formas, como o falar em público, nos grandes ou pequenos grupos e se possível ter o registro da imagem nas mídias, os discursos não podem faltar. Um microfone, de preferência facilita o processo, ampliando sonoramente a comunicação, no uso dos recursos tecnológicos de modulação da voz, o discurso ganha dimensão. Contudo, não é deste discurso que estou me referindo neste momento, mas dos dircursos que são construídos em nossas falas internas a partir do que vemos, lemos e ouvimos todos os dias e que vão formulando linguagens e narrativas culturais do presente vivido. Me refiro aos discursos que são as lentes através das quais as pessoas em sua época, perceberam e percebem, pensaram e pensam, agiram e agem, sobre todas as coisas e modos de ser. São narrativas que cartografam o que as pessoas fazem e pensam, sem saber do que estão falando e pensando, pela absoluta ausência de percepção. Repetem, copiam e colam, na ausência de si e do entorno, onde as coisas acontecem. Sem a consciência destes discursos e dos dispositivos que por eles são acionados, não percebem que são agidas, abdicando da liberdade de serem agentes de si mesmo, no espetáculo vivo da vida.
Abraços ****
Vivi

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