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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O ENGANO

Disfarces, máscaras, maquiagens, figurinos, roupagens, são muitas as formas de expressão que uma pessoa pode assumir, simplesmente para não enfrentar as verdadeiras questões da existência. Quem somos? Quem sou eu? Por que acredito no que acredito? O que me leva a fazer tais escolhas na vida? São perguntas que fazemos mas que nem sempre encontramos respostas, afinal são estas as questões essenciais da existência e da realização do ser humano. Em seu livro Auto-engano, Eduardo Giannetti diz com absoluta clareza: " à máscara que disfarça junta-se o gesto que ludibria". Reconhecer-se dentro dos processos de negação da realidade é tarefa desafiadora para nós humanos. Quantos de nós, já não se encontrou em lugares, onde narrativas e mais narrativas internas foram produzidas para justificar uma determinada atitude, querendo provar para si e para o mundo certezas que na realidade são falsas. Enganando-se nos distanciamos de nós mesmos e dos outros, do mundo. Ocorre que muitas vezes as circunstâncias da vida se apresentam de forma tão excessiva, que só nos resta um disfarce para poder suportar o peso da existência. Porém se os disfarces começam a se tornar padrão, o velho hábito, caimos na armadilha do distanciamento de si, até que não conseguimos mais nos reconhecer em nossa humanidade. Portanto, toda atenção é pouca, pois o auto-engano muitas vezes nos ronda.
Abraços ****
Vivi

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