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quarta-feira, 4 de abril de 2012

O GELATINOSO

O processo gelatinoso tem aparecido com certa frequência entre os corpos que circulam pelos espaços públicos. Cada vez mais, a quase inexistência de bordas, de limtes, de tônus, de expressividade, de contato somático, aparece nas relações, revelado através dos não comprometimentos. É o caso do falar e não fazer, ou melhor de um fazer e agir muito diferente do falado. É quase inaudível as narrativas ordenadas e comprometidas com os valores que sustentam a vida. A gelatinização aparece com evidência nos corpos e a questão é saber identificar estes processos e quando eles aparecem e tomam forma. Então, por escolha, fruto de uma determinação, como não se deixar aprisionar pelo cansaço, pelo desânimo, pela indiferença, pela superficialidade, que muitas vezes se revela em nosso viver. Zigmunt Bauman enfatiza com grande eloquência a liquefação na "Sociedade Líquida", onde os sólidos parecem deterreter perdendo consistência. Estar atento a estes processos e formas parece ser imperativo em nossos dias, para que as coisas não se diluam na gelatina inconsistente das nossas relações, nos encontros superficiais e teatralizados dentro dos acontecimentos. Portanto, atenção ao corpo, ao gesto, à expressão de si mesmo na singularidade e pluralidade que compõe cada pessoa humana.
Abraços ****
Vivi

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