“Se os
líderes podem mentir, então quem deve dizer a verdade?” Esta pergunta é feita
pelo arcebispo da Igreja Anglicana, Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o
apartheid na África do Sul, Desmond Tutu em artigo publicado pela revista Carta
Capital, onde ele se desculpa por sua decisão de não participar da Cúpula de Liderança
Discovery Invest em Johanesburgo. Com profunda veemência, ele afirma que liderança
e moralidade são inseparáveis e que os bons líderes são os guardiães da
moralidade. Diante da crise sistêmica do capitalismo neoliberal, que tem
afetado todas as nações e todos os cidadãos deste planeta, cabe a cada um de
nós, como partícipe e ao mesmo tempo recebedor das consequências desoladoras desta
ideologia, não se omitir, mas assumir a responsabilidade no árduo processo para
superar as injustiças. Fazer de todas as maneiras possíveis que as ideias construtoras
e dignificantes se espalhem e até mesmo se necessário for, apontar fraudes,
corrupções e desonestidades, no pleno exercício da democracia. Como cidadãos
comprometidos, não podemos admitir um líder sem moralidade. A verdade por mais
dolorosa que seja, deve ser colocada em pauta com coragem e fé, na esperança
que podemos construir juntos um mundo melhor para as gerações futuras, os
filhos de nossos filhos, os filhos de nossos netos, sejam eles biológicos ou
não, mas todos igualmente, independente de cor, sexo, credo, nacionalidade ou
território. Ter como máxima: mentir nunca, verdade sempre, com amor e
compaixão, no espírito humilde que tem nos acolhido ao longo de nossa história
humana.
Abraços ****
Vivi
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