Compaixão e altruísmo andam de mãos dadas, onde um
alimenta o outro, se retroalimentam. Quanto mais somos altruístas no viver
cotidiano, mais o sentimento da compaixão se fortalece. Altruísmo no pensar e
no agir, é fruto de uma escolha pessoal. Uma atitude que permeia cada momento,
cada encontro do nosso viver, em todos os ambientes. Ser altruísta, por uma postura interna, que
decide pela via altruísta como um compromisso com o respeito e a
responsabilidade diante da vida, e livre de qualquer forma de imposição ou
contaminação por apelo de ordem religiosa, que espera resultados, dividendos e
garantias, é ser capaz de resistir e sustentar silenciosamente uma escolha, no
mais íntimo do ser. Ser altruísta por vontade própria, por um querer ser e
fazer, é estar conectado a um compromisso ético. Esta não é uma postura que vem
por um regramento externo, mas de sujeito autônomo. A ética acontece na
muscularidade, é todo o corpo que participa, toda a cerebralidade da pessoa
humana, viva, que se maneja no seu viver pautada por uma conduta ética. É no viver, na ação, no
verbo, que a atitude altruísta acontece
e é ela que tem a capacidade de fazer brotar a compaixão, mas é na ação. Quanto
mais nos disponibilizamos a compartilhar com o outro e com o mundo, o nosso
tempo, nosso talento, nossa capacidade acolhedora, nosso conhecimento, nossa
paciência generosa que pode compreender e incluir, mais poderemos experimentar,
somaticamente, o sentimento da compaixão.
Compaixão e altruísmo não se sustentam pela razão, mas pela condição de
entrega em confiança na vida, na ordem universal, no sagrado silêncio da existência.
Abraços ****
Vivi
Nenhum comentário:
Postar um comentário