O governo do povo, embora
tenha sido proposto pelos gregos há mais de dois mil anos, ainda é uma forma de
governabilidade em construção, ou seja, evidencia grandes elementos de
imaturidade. Com o aumento populacional, a educação para a democracia e sustentabilidade, é uma exigência na realidade
do cenário mundial. Escolher nossos representantes e confiar que os escolhidos
estarão a serviço dos cidadãos, não tem se mostrado uma realidade. Afinal, os
representantes do povo estão a serviço de seus interesses pessoais, ou estão a
serviço das necessidades do povo que os escolheu? No capitalismo, o que fala
mais alto é o lucro a qualquer preço e o dinheiro tem sido o valor maior, onde
tudo tem sido coisificado e transformado em resultados financeiros. Renato
Lessa nos diz em um artigo na revista Ciência Hoje: “... a qualidade da
democracia é afetada pela qualidade da demanda por democracia. Esta exige
qualificação cívica, acesso à informação e à reflexão...” Caímos novamente no
quesito educação. É pela educação que poderemos maturar o processo democrático,
que exige diálogo, pensamento complexo, reflexão ampliada e permanente, clareza
de propósitos, atenção e centramento, valores universais colocados acima do
mercado, juízo crítico, a preservação da vida sempre à frente, coragem e ação
para sustentar a dignidade pessoal e coletiva, a dignidade da vida neste
planeta e na família planetária. Pessoas que ainda não sabem dialogar, escolher
e decidir como verdadeiros cidadãos, que abdica de seus interesses pessoais em
favor do bem comum, não serão capazes de alicerçar processos democráticos.
Abraços ****
Vivi
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