Temos vivido
tempos de muita falação, uma polifonia e polilalia. Todos querem falar ao mesmo
tempo e ninguém quer escutar. Então, ninguém se entende, incompreensão total.
Mesmo não sendo compreendidos e não compreendendo, não somos capazes de parar
um instante de falar para poder ouvir o
que o outro tem a nos dizer. Além de não parar de falar, seja por fora ou por
dentro, falamos qualquer coisa e as maiores asneiras aparecem, fazendo grandes
estragos nas relações. Ninguém se entende mesmo. Em lugares onde todos falam ao mesmo tempo,
ninguém se escuta, então o negócio é falar cada vez mais alto. O volume das
vozes se elevam, com ele eleva-se o tom da conversa, que pelo desentendimento
vai se tornando mais ácida e na acidez o que sobra é agressão, as mais
dissimuladas, que acabam gerando violência, que de início parece “coisa à toa”
mas que, com o tempo se torna altamente virulenta e destrutiva. Portanto,
cuidado! Nestes ambientes todo cuidado é pouco.
Perder esta mania de ter que falar nem que seja qualquer coisa, é um
vício que acarreta desavenças para quem fala e para quem escuta. Então, quem
sabe poder considerar que, muitas vezes
é melhor ouvir do que falar. Às vezes, o silêncio fala muito mais alto e
diz muito mais. Considerar que, nem sempre é favorável se manifestar diante das
asneiras, besteiras, ignorâncias e frivolidades. Há um pensamento muito
apropriado: “não se pronuncie a respeito das coisas infrutíferas”, e mais “ o
sábio que for capaz de distinguir entre o que é útil e o que não é, jamais se
pronunciará através de palavras fúteis”.
Abraços ****
Vivi
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