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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O CÉTICO

Relações, comunicação, convivência, socialização, interações, são formas de intercâmbio entre as pessoas, na diversidade dos relacionamentos. As pessoas se comunicam através de linguagens, gestos, discursos, narrativas, modos de ser, olhares, sons, nos códigos e emblemas, para se manterem em comunicação. Fato é que o humano vivo não vive só, ele se comunica e interage constantemente. Muito da nossa comunicação acontece através dos discursos e narrativas, que não são propriamente só a oralidade, mas um conjunto de expressões que estabelecem a comunicação, entre os diversos grupos sociais, com os quais nos relacionamos. Ocorre que, neste mundo onde as redes de comunicação se proliferam, aparece um personagem que pode ser reconhecido pela sua forma dupla de ser, pois ora se apresenta de um jeito ora de outro, conforme as suas conveniências. É aquele que se mantém fora do "aquário" e observa os peixes que ali ficam girando. Mas como ele precisa viver e se relacionar, ele também se vê no aquário, como um peixe. O cético é a um só tempo um observador fora do aquário que ele duvida, e também um dos peixes coloridos. Por ser um sujeito duplo, o cético tem vários discursos que ele apresenta nas relações de acordo com os seus interesses. Aprisionado a um padrão de discurso, onde fica encalhado, ele vai no contrasenso das relações, disceminando separação por interpretações díspares, que trazem consequências altamente nocivas ao processo relacional e à toda comunicação entre as pessoas e em todos os territórios por onde se apresenta. Portanto, cuidado, atenção! Cuidado não apenas com o cético de fora, mas com o cético interno, que pode aparecer subitamente.
Abraços ****
Vivi

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