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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A VELOCIDADE NOS CORPOS

A estrada de ferro mudou a velocidade dos corpos, do cavalo para trem, uma grande mudança. O cinema alterou a noção do tempo Kronos, das imagens desenhadas para imagens projetadas e com elas a reprodução industrial das coisas. O século XIX amplia o mundo das imagens pelo cinema, pela fotografia e na sequência a mídia com uma indústria de mercado, que molda as pessoas e seus corpos dentro da velocidade. O tempo interno vem sendo afetado de uma forma quase impossível para a biologia acompanhá-lo. Tudo tem se tornado urgente, não há pausa, há imediatismos. Estamos no tempo instantâneo. Apressados, deixamos de pensar para escolher, com dificuldade de reconhecer ritmos e pulsos e os valores se alteram. O que realmente tem valor? Ouvir é necessário? Queremos ser ouvidos e acolhidos por um médico nos momentos frágeis da nossa vida? É importante receber um olhar de bom dia? Ser respeitado e respeitar é importante? Muitas são as perguntas, onde as respostas estão diretamente vinculadas ao tempo, o tempo do coletivo e do indivíduo. Fato é que, as mudanças no tempo, na velocidade, no ritmo, tem afetado diretamente nossos comportamentos, atitudes, relacionamentos, nossa convivência entre pessoas humanas, com o meio ambiente e com a nossa intimidade mais íntima. Fato é que, nossos corpos estão sendo tremendamente afetados, nosso gesto, nosso olhar, nosso tom de voz e o pior é que, não conseguimos perceber nem captar, porque não conseguimos pausar um segundo em nosso cotidiano. Estamos correndo velozmente em direções completamente desconhecidas, quase um vôo cego, mas as consequências se evidenciam a cada momento nas patologias e nas sociopsicopatologias que apresentamos a cada dia. Correndo na velocidade tecnológica, consumindo produtos e informações, nos perdemos na desorientação da vida e nossas crianças, nossos filhos, nossos jovens, estão se perdendo nas drogas da violência, do ressentimento, da depressão, do abandono, do isolamento, do medo. Pense nisto!!!!
Abraços ****
Vivi

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