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sexta-feira, 25 de maio de 2012

ESTRATÉGIAS DA LENTIDÃO

Em artigo publicado na revista semanal Carta Capital, Thomaz Wood Jr. apresenta a seguinte referência: “um filósofo norueguês – Guttorm Floistad – conferiu ao movimento poesia e princípios: ” A única coisa que podemos tomar como certeza é que tudo muda. A taxa de mudança aumenta. Se você quer acompanhar, melhor se apressar. Esta é a mensagem dos dias atuais. Porém, é útil lembrar a todos que nossas necessidades básicas não mudam. A necessidade de ser considerado querido! A necessidade de pertencer. A necessidade de estar próximo e de ser cuidado, e de um pouco de amor! E isso é conseguido apenas pela desaceleração das relações humanas. Para ganharmos controle das mudanças, devemos recuperar a lentidão, a reflexão e a capacidade de estarmos juntos. Então encontraremos a verdadeira renovação.” “ Oposto ao movimento fast que invadiu nossos espaços a partir do comer, aparece no cenário o movimento slow, propondo a desaceleração, como estratégia de lentificar nosso fazer: no alimentar-se, no fazer ciência, na produção de conhecimento, nas relações, no consumo, e segue por ai... O descartável da “mcdonaldização” tem se mostrado completamente inviável em todos os sentidos, pois a natureza não tem sustentabilidade e afinal o que faremos com o lixo produzido. O descartável das relações através do “ficar”, no “ usa e joga fora”, traz como consequência os filhos, os sentimentos e ressentimentos produzidos. Então o que faremos? São questões que este modo de conviver consumista, do prazer imediato, impensado e instantâneo, desprovido de qualquer reflexão, gerando mais lixo, que vai poluindo ambientes, territórios e consciências, requer de forma imperativa, estratégias criativas da lentidão. Sem pausa para degustar, considerar, metabolizar, maturar, seremos todos incapazes de viver nossa verdadeira humanidade. Quem sabe, silenciar um pouco em tudo que fazemos, reduzindo o barulho e a agitação interna, permita ao ser humano se reconectar com os ares amorosos da sua alma. Abraços **** Vivi

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