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quarta-feira, 2 de maio de 2012

O MENOR OU O MAIOR – UMA ESCOLHA

Quando o assunto é liberdade muitos são os discursos e falas, afinal quem não quer ser livre. Porém, a liberdade não é uma questão idealística, mas uma questão de escolha permanente, que envolve decisões, posicionamentos, clareza interna, discernimento, bom senso. A liberdade é uma instância a ser cultivada e conquistada minuto a minuto em nossas vidas. Queremos ser livres, mas não estamos dispostos a abandonar os prazeres momentâneos e por vezes até fugazes, mas que de alguma forma oferecem uma certa sensação de bem-estar, mesmo que esta seja superficial e passageira. Liberdade exige respostas. Conta a história que em resposta à pergunta : “ o que é o esclarecimento”, Kant, o grande filósofo respondeu com ironia: “é tão cômodo ser menor.” De acordo com o filósofo, a preguiça e a covardia mantém o ser humano na menoridade e para isto é preciso ter coragem para sustentar autonomia, ou seja ser firme para se nortear por condutas estabelecidas e escolhidas pela própria pessoa. “Tenha a coragem de te servir do teu próprio entendimento”, dizia Kant. Portanto, a escolha é absolutamente pessoal: o que quero para minha vida, o maior de mim ou menor de mim mesmo? É uma decisão pessoal. Potência todo ser humano possui, basta querer acessa-la, mas é preciso coragem, determinação, respeito à dignidade. A ação livre é fruto de um cultivo interior, o cultivo da dignidade. Abraços **** Vivi

2 comentários:

  1. Não concordo com Kant. Preguiça e covardia são características intrínsecas do ser humano, jamais isso, portanto, o tornaria diminuído.
    E não há alguém que PASSA a ser corajoso, todos nós já temos certas quantidades imaginárias de coragem definidas, que não mudam significativamente (imaginárias porque não existem, uma vez que esse conceito foi criado por nós). Por exemplo: se um homem é piloto; para alguns, ele pode ser EXTREMAMENTE corajoso, mas isso para ele não passa de um trabalho ordinário, assim como para um vendedor.
    Preocupar-se em ser grande só causa preocupação, bem como ser feliz, melhor ir levando a vida mesmo.

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  2. Meu conceito é liberdade:
    Ninguém nunca foi nem será livre, sempre teremos responsabilidades, pequenas que sejam, indesejáveis.
    Émile Durkheim, maior fomentador da sociologia, afirmou estarmos PRESOS aos fatos sociais: se fugirmos do PADRÃO para tentarmos ser diferentes, ou ainda melhor, LIVRES, de nada adiantará, pois inevitavelmente seremos discriminados/segregados por isso fazer, e isso não é liberdade. Está aí mais um conceito impossível criado pelo ser humano, a liberdade é um paradoxo; a detém, portanto, o gênio dissimulador que nos criou.

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