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segunda-feira, 14 de maio de 2012

O TOLO E O SÁBIO

Vivemos e convivemos em relação, coexistimos e, portanto compartilhamos espaços, ideias, gestos, pensamentos, sentimentos, emoções, sonhos. Habitamos o mesmo mundo e respiramos o mesmo ar, somos nutridos pelos alimentos gerados numa mesma terra com o mesmo sol e a mesma lua, o mesmo orvalho e os mesmos ventos. Contudo, somos singulares e diversos. Construímos culturas que cultivamos nos espaços externos e nos espaços internos de cada pessoa humana, formando e transformando a nossa humanidade comum, em nossa casa comum. Com tanta diversidade, somos únicos e ao mesmo tempo múltiplos, em constante relação. É na relação que nós humanos existimos e vivemos a nossa existência, nos nascimentos e transformações constantes. Em relação uns com os outros, nos acontecimentos e com toda a natureza, somos afetados e nos afetamos mutuamente e, portanto respondemos aos estímulos, nas trocas conectivas. Se estabelecemos relacionamentos saudáveis, somos capazes de responder aos afetos de forma vincular e portanto madura porém, se as relações se constituem de forma espelhada, reagimos infantilizando o processo do conviver. Evidente fica a diferenciação, do tolo que reage aos afetos e abdica de sua liberdade e do sábio, que age através de sua criatividade e opta pela sua liberdade, adaptando-se e fazendo aflorar o novo, o não nascido, aquilo que pode transformar e formar na continuidade da vida. A escolha é pessoal. Cada pessoa humana tem a liberdade de escolher como quer viver e conviver: por espelhamento que se automatiza nos condicionamentos recorrentes e infantilizados, ou pelo vínculo criativo, da maturidade e adultez, que se abre à compreensão e não se deixa ser capturado pelo medo infantil, mas aposta na vida, no pulso, na potência, na plenitude da existência. O tolo reage e o sábio age, onde estamos? Abraços **** Vivi

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