Imersos no capitalismo predatório muitas são as pessoas
que entendem que, para ser feliz é preciso “um” algo que venha de fora. Talvez
um marido ou uma esposa nova, uma casa nova, uma bolsa nova, um carro do ano,
um diploma, títulos e mais títulos, em fim... alguma coisa a ser consumida,
substituída na ilusão de que este “algo” poderá gerar transformações ao ponto
de despertar o sentimento da felicidade. Equivocadas e desatenciosas, as
pessoas acreditam que a felicidade está fora, no meio externo, está no
condicional. “ Não sou feliz porque não tenho tal coisa...” Este é o sentido da felicidade condicionada,
aquela que depende de condições externas, um estado de prazer que acontece sob
condições, é uma fugacidade. Quando as condições não são atendidas, o
sofrimento, a frustração, o desapontamento, a incompetência, a baixa
auto-estima, tomam conta por completo.
Se olharmos com mais bom senso, poderemos perceber que a felicidade não
está à mercê do externo, mas está dentro da intimidade de cada pessoa, na forma
COMO ela se vê e vê o mundo a seu redor. Esta é a felicidade genuína, que não
se submete às condições do mercado de ilusões, mas que brota naturalmente da
interioridade, que é alimentada pela clareza de propósitos na vida, na forma
COMO a pessoa se conduz diante dos acontecimentos, nos encontros e
desencontros. Um lugar equilibrado, de permanência consistente e não fugaz. Um
lugar de gratidão e contentamento onde a alegria espontânea brota naturalmente, sem estereótipos ou
modismos. A felicidade genuína pulsa com o pulsar da vida, dos acontecimentos.
Ela transcende, vai além, porque é nutrida pelo alimento perceptivo da
compreensão, da equidade, do senso de justiça, da cordialidade, do
discernimento. Felicidade é um estado de realização, de alegria e não euforia.
Abraços ****
Vivi
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