Considerando
a brutal desigualdade social em todos os sentidos, chegando ao desrespeito pela dignidade do ser humano, mais
do que discursar sobre justiça, deveríamos
perguntar o que temos entendido por justiça: de que justiça estamos falando? Qual
o significado da justiça? Seria a justiça um procedimento legal, que se orienta
pelas determinações da lei? Seria justiça sinônimo de retaliação condenatória?
Apesar dos grandes avanços da modernidade, ainda estamos aprisionados numa justiça
de exclusão. A justiça que se apresenta com a face da inclusão, do debate, da
contextualização, para se fortalecer, precisa abraçar a democracia
participativa. Justiça e Democracia Participativa caminham juntas, porque se
constroem e se articulam juntas. A democracia por meio do debate, tem a
capacidade de enriquecer e fortalecer os vínculos pela disponibilidade
informacional nos encontros interativos da factualidade. A democracia não se
resume às instituições, mas pelas diferentes vozes, dos diversos setores da população,
na medida em que de fato possam ser ouvidos. O processo democrático não se
resume apenas às eleições democráticas, mas se trata de promover tanto a
democracia participativa como a justiça na sua face de equidade. São elas juntas,
que poderão inspirar e influenciar ações práticas para muito além das
fronteiras, territoriais e relacionais. As pessoas são iguais perante a lei,
mas, possuem necessidades diferentes, histórias diferentes, capacidades
diferentes, habitam espaços diferentes. Promover a realização pessoal é
promover justiça como equidade e democracia como participação honesta, responsável e comprometida.
Abraços ****
Vivi
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