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terça-feira, 6 de novembro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
MOTIVAÇÃO – O QUE NOS IMPULSIONA
A fluência é um estado de espírito que nos impulsiona a
trabalhar da melhor forma possível, nos
engaja na atividade que estamos realizando. Neste estado, o nosso desempenho
parece não “ver o tempo passar”, pois a fluência em si nos é prazerosa. A
fluência é um motivador por excelência. Quando gostamos de uma atividade nos
sentimos leves com enorme prazer na realização. Porém, é uma característica
variável de pessoa para pessoa. Fato é que as pessoas precisam amar o que fazem
e ter prazer em fazê-lo. As palavras motivo e emoção compartilham a mesma raiz
do latim: MOTERE, ou seja, MOVER. As emoções são literalmente, o que nos move,
nos impulsiona, na direção das nossas metas. São elas que alimentam nossas
motivações e nossos motivos, impelindo nossas percepções e moldando nossas
ações. Quando as pessoas estão motivadas, o difícil parece ser fácil, é quando
o cérebro opera num nível mínimo de dispêndio de energia. Neste estado tudo
flui melhor. Uma pessoa motivada procura maneiras de fazer melhor o que fazem,
maneiras de inovar, de criar, de buscar novas oportunidades. Segundo Daniel
Goleman, há três competências motivacionais que caracterizam as pessoas que têm
desempenho destacado: “Realização, como o forte intuito de melhorar ou de ser
melhor; Dedicação, adotando visão e metas de organização e de grupo; Iniciativa e Otimismo, competências que
mobilizam as pessoas no sentido de agarrar as oportunidades e as habilidades, a
absorver com facilidade os reveses e os obstáculos.” Fazendo uma rápida
comparação, o que diferencia o ser
humano de uma máquina, no caso o computador, é a capacidade que os dados
obtidos possuem, de mobilizar nossos sentimentos. As máquinas atribuem o mesmo
valor a tudo e não conseguem pinçar o mais relevante em cada momento, em cada
situação ou acontecimento. Os computadores não possuem a força guia
proporcionada por nossas emoções e motivações.
Abraços ****
Vivi
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
ESTAR NOS SENTIMENTOS
Todo ser
humano vivo possui sentimentos. Os sentimentos são respostas somáticas frente
aos acontecimentos, aos encontros, ao meio interno e externo de cada pessoa
viva, independente de sua vontade. Fato é que, todo ser humano é portador
deste dispositivo: sentimentos. Ocorre que, os nossos sentimentos estão
sempre conosco, mas muito raramente estamos com eles. Ou seja, na distração,
agitação, ansiedade, na aceleração, não conseguimos nos perceber sentindo e o
que sentimos. O ritmo biológico de nossos corpos é mais lento em relação ao
ritmo social. A velocidade da vida moderna causa um distanciamento dos nossos
corpos, nos impedindo de reconhecer os nossos sentimentos. Como
se houvesse pouco tempo, não conseguimos assimilar, refletir e
reagir, ou responder aos sentimentos evidenciados pelo organismo, na sua
cascata hormonal, frente aos estímulos do meio. Distantes do nosso corpo, não
compreendemos as respostas neuro motoras, gestualidade e emoções. Ignorar as
emoções, como se fossemos analfabetos emocionais, é ignorar uma dimensão da
realidade que é crucial para o êxito na vida em todas as suas esferas. Ao
ignorar as mensagens corporais entramos em desafinação emocional. Portanto,
estar atento aos sentimentos, estar com eles, se reconhecer sentindo, nos
permite fazer escolhas mais conscientes na vida, mais adequadas nas diversas
situações que a vida nos apresenta. Perceber que os próprios pensamentos são geradores
de sentimentos e emoções, através das memórias e lembranças que trazemos das
experiências vividas. Se reconhecer pensando e sentindo e se emocionando, já é
um grande salto existencial, de uma pessoa que se faz presente em si mesma e no
seu entorno. Estar no sentimento, é estar no caminho da maturidade. Administrar
e gerenciar sentimentos sem ansiedades e acelerações, mas, pela capacidade
de compreende e si compreender, é também estar presente, vivo e pleno
nesta existência.
Abraços
****
Vivi
terça-feira, 25 de setembro de 2012
ATENÇÃO: UM RECURSO VALIOSO
Desde os primeiros anos escolares, a palavra atenção é falada
por nossos professores e nossos pais - “Preste Atenção!!!” Só poderemos saber o
que fazer, se soubermos nos aperceber daquilo que parece ser mais adequado a
nós. Os sentimentos são respostas
altamente diferenciadas, com matizes e fontes de informações que podemos
conhecer e reconhecer se estivermos atentos. Eles são uma versão que o corpo
fornece da situação vivida. A
autopercepção oferece uma espécie de leme bastante seguro para que possamos
manter nossas decisões em harmonia com nossos valores mais profundos, mas é
preciso estar atento. Sem atenção, na desatenção ou distração, não é possível
reconhecer o que está acontecendo, qual é o sentimento, o que o corpo está
dizendo frente à situação que nos encontramos, frente aos acontecimentos. Saber
dar atenção ao nosso mundo interior, é fruto de uma escolha pessoal que advém
de um processo cognitivo, ou seja, de um querer estar atento em si mesmo. A
atenção, é o nosso recurso mais valioso.
O desafio é saber sustentá-la, é saber se manter atento, sem dispersões, o que
não é uma tarefa fácil, porém não impossível. A atenção, como tantos recursos internos, pode
ser treinada, educada, basta querer educa-la. A capacidade de prestar atenção,
de reter informações, é vital para a compreensão e entendimento de si e do
mundo. A capacidade atentiva é fundamental para o planejamento e tomada de
decisões, raciocínio e aprendizagem. Sem dúvida alguma, a atenção é o nosso
recurso mais valioso.
Abraços ****
Vivi
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
SER ÉTICO
Pensar,
refletir, questionar, problematizar, são aspectos fundamentais da convivência humana,
nos espaços sociais e pessoais. Perguntas referentes ao comportamento nas
diversas instâncias relacionais aparecem com certa frequência: como devo me
comportar? Por que devo me comportar moralmente em relação a...? Por que devo
ser um sujeito moral? Perguntas que nos fazem pensar e buscar respostas
convincentes e adequadas, afinal as situações se transformam, mudam suas
configurações exigindo posturas diferenciadas, porém sem subtrair qualidades como o altruísmo, a
responsabilidade, o respeito, os valores éticos que norteiam, garantem e
sustentam as relações, a “boa” convivência. Refletindo com mais clareza, não seria
exatamente uma questão de dever para obter, mas de SER, algo que vai muito além
de uma racionalidade lógica, mas de uma postura alicerçada numa autonomia. Ser
ético é escolha, que se fundamenta em processos internos de compromisso com
leis internas e não normas externas, portanto não é uma questão de mando, controle,
medo das consequências, mas de uma opção responsável, afinal o humano não
existe apenas, mas coexiste e, portanto é corresponsável. Ser ético, não pode
estar atrelado a um princípio utilitarista, mas vinculado a um “projeto”
pessoal de excelência pessoal.
Abraços ****
Vivi
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
E A CONSCIÊNCIA .....
Dentre tantas
narrativas expressas pela linguagem não é incomum as pessoas dizerem, “sim, eu
tive consciência de tal coisa...”, ou “eu estou consciente disto...”, “ou” sabe
que eu não percebi isso...” Ocorre que há um processo que pode ser correlacionado
à atividade cerebral, considerando uma neuroanatomia e sua fisiologia. Nos
humanos, o córtex cerebral é essencial para armazenar o conteúdo da
consciência. O estado de consciência
talvez seja algo que nasce da interação entre o tálamo e o córtex , e que a
consciência humana se baseia anatomicamente no circuito tálamo-cortical. O
neurocientista David B. Edelman, do Instituto de Neurociências em San Diego,
EUA, apresenta a ideia de uma cena integrada, afirmando que “a consciência consiste na capacidade de perceber um cenário
integrado de informações sensoriais e mantê-lo em sua memória”. O ser humano recebe
uma variedade de informações sensoriais, como por exemplo na visão onde temos
contraste, cor, forma, ângulos, mas não há uma interpretação desses dados como
entidades separadas, as pessoas veem a cena toda. Além disso, Edelman apresenta
a ideia da consciência de si mesmo como a capacidade de se imaginar naquela
cena, seja no passado ou no futuro, sendo uma forma mais avançada de
consciência. A medida que as pesquisas avançam na área da neurociência, mais
elementos são fornecidos para a compreensão deste aspecto do Ser Humano que por
longo tempo ficou sem explicações. Muitas são as pesquisas no esforço de compreensão do que é a
consciência, na tentativa de desvendar os mistérios da anatomia estrutural e funcional
do cérebro humano, como também dos primatas e outros mamíferos. Porém, algo já
está estabelecido e reconhecido pelos neurocientista: o cérebro funciona de
forma integrada, onde cognição, emoção, sentimentos, percepção, ambiente, não
estão separados mas compõe um todo integrado com todos os demais sistemas do
organismo humano. Trazer à reflexão de que somos um todo integrado,
interconectado, dinâmico, é fundamental, sobretudo do ponto de vista pedagógico
e educacional que ainda apresenta em alguns momentos uma visão separatista,
reducionista de partes isoladas. Somos um todo e não um ajuntamento de partes.
Mudar o olhar certamente fará grande diferença em nossas vidas.
Abraços ****
Vivi
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
SER PESSOA OU SER OBJETO
Desatentos e
contaminados pelo capitalismo de mercado que funciona na constante aceleração,
não se percebe que a pessoa humana em muitas situações tem sido considerada
como um objeto de custo. A pergunta é: o que queremos: ser uma pessoa e nos
reconhecer como pessoa ou ser um objeto de custo, que se troca, descarta, sem
valor, mas com alto custo. Então quanto custa? Esta é palavra do capitalismo:
quanto custa? Muitas ações deixam de ser realizadas pelo custo, pois o que interessa
não é o valor do humano, mas o quanto custa, de quanto serão os lucros
contabilizados em moeda. A arte como a educação, tem sido vítimas constantes
desta atitude predatória que permeia nossa sociedade. Se fala em mudanças, as
propagandas apelam na construção de ilusões, com promessas inacessíveis para a
total maioria, a violência aumenta por todos os lados e de todas as formas, as
famílias se destroem, as instituições perdem legitimidade, a política é vendida
em fatias de conveniência, a insegurança toma conta dos espaços públicos e
pessoais, porque tudo acaba sendo reduzido ao valor do mercado, do quanto
custa. Onde chegamos com a nossa humanidade? Seria esta uma doença incurável?
Uma verdadeira peste, que contamina a tudo e a todos? Onde estão as religiões?
Será que nem elas são capazes de assegurar respeito e legitimidade? Este é o
desolador cenário que se apresenta no teatro social. O coletivo evidencia os
sintomas, mas é no indivíduo que a ação terapêutica precisa acontecer, investindo
na cura desta brutal afecção que acomete a nossa humanidade. Precisamos
fortalecer e sensibilizar a subjetividade para que tenhamos força decisória
para dizer sim quando sim e não quando não, no compromisso absoluto com a
verdade e o amor. Dignidade não é questão de custo, mas de valor. Em que mãos
está escondida a nossa ética, a nossa vergonha, a nossa auto-valorização?
Abraços ****
Vivi
terça-feira, 18 de setembro de 2012
QUEM AMA DE VERDADE...
Amor é uma
das palavras usadas para justificar atitudes e comportamentos que nem sempre
são realmente amorosos. Fato é que, o amor tem sido nomeado com variadas justificativas.
Por amor são praticados atos engrandecedores e meritosos e também por amor, são
praticados crimes e as mais variadas formas de violência. Em nome do amor
religiões fazem guerras e se enfrentam, destruindo e apropriando-se da
dignidade humana. Paradoxos como este, se apresentam diante de nossos olhos e
muitas vezes, por falta de percepção mais refinada, não conseguimos perceber e
nos deixamos ser subtraídos, escravizados, abrindo mão da nossa liberdade e do
nosso respeito. Amar é um sentimento primordial, que nos acompanha desde a
concepção mas, viver o verdadeiro amor,
ainda é algo que nós humanos não sabemos muito bem como fazer. Falamos sobre o
amor, mas somos trôpegos na ação amorosa e generosa. Infantilizados, somos
egoístas e tentamos impor ao outro e aos outros a nossa forma de amar,
acreditando que esta é a única e verdadeira. Assim, temos caminhado e ensinado
aos nossos filhos este amor egoísta, retaliador, controlador, dominador, e vai
por aí... mas, o que é amar? O que é o amor? Existe o amor incondicional? Amor
e sexo se confundem, assim como amor e religião, amor e moral. O sexo só se completa no amor. A
religião que abre as portas da espiritualidade, só é real através do amor, e as
normas só podem ser cumpridas pelo discernimento, fruto da amorosa e respeitosa
compreensão. Amor e maturidade caminham juntos e aqui vale lembrar S.S. Dalai Lama, “Dê a quem você ama asas para
voar, raízes para voltar e motivos para ficar.”
Abraços ****
Vivi
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
FELICIDADE CONDICIONADA
Imersos no capitalismo predatório muitas são as pessoas
que entendem que, para ser feliz é preciso “um” algo que venha de fora. Talvez
um marido ou uma esposa nova, uma casa nova, uma bolsa nova, um carro do ano,
um diploma, títulos e mais títulos, em fim... alguma coisa a ser consumida,
substituída na ilusão de que este “algo” poderá gerar transformações ao ponto
de despertar o sentimento da felicidade. Equivocadas e desatenciosas, as
pessoas acreditam que a felicidade está fora, no meio externo, está no
condicional. “ Não sou feliz porque não tenho tal coisa...” Este é o sentido da felicidade condicionada,
aquela que depende de condições externas, um estado de prazer que acontece sob
condições, é uma fugacidade. Quando as condições não são atendidas, o
sofrimento, a frustração, o desapontamento, a incompetência, a baixa
auto-estima, tomam conta por completo.
Se olharmos com mais bom senso, poderemos perceber que a felicidade não
está à mercê do externo, mas está dentro da intimidade de cada pessoa, na forma
COMO ela se vê e vê o mundo a seu redor. Esta é a felicidade genuína, que não
se submete às condições do mercado de ilusões, mas que brota naturalmente da
interioridade, que é alimentada pela clareza de propósitos na vida, na forma
COMO a pessoa se conduz diante dos acontecimentos, nos encontros e
desencontros. Um lugar equilibrado, de permanência consistente e não fugaz. Um
lugar de gratidão e contentamento onde a alegria espontânea brota naturalmente, sem estereótipos ou
modismos. A felicidade genuína pulsa com o pulsar da vida, dos acontecimentos.
Ela transcende, vai além, porque é nutrida pelo alimento perceptivo da
compreensão, da equidade, do senso de justiça, da cordialidade, do
discernimento. Felicidade é um estado de realização, de alegria e não euforia.
Abraços ****
Vivi
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
BELEZA APESAR DA SECA
Tempo quente, vento quente. Embora a aridez tome conta do cenário, as flores não perdem a
sua beleza. Orquídeas florescem nas mais variadas cores e formas. A vida brota exuberante.
Pássaros nascendo em ninhos sabiamente construídos pela inteligência viva da
vida. A natureza mostra seu encanto e encanta os olhos de quem consegue se
encantar. A sabedoria da natureza oferece preciosos ensinamentos, exemplo de
humildade e determinação, vitalidade e acolhimento. As cores intensas revelam a
intensidade da vida. Quem de nós seria capaz de sustentar alegria, beleza,
encantamento, acolhimento, determinação, apesar da aridez, apesar da secura, apesar
das elevadas temperaturas quando os ambientes relacionais se tornam estranhos e
ácidos? Quem de nós pode disponibilizar a sua sabedoria amorosa através de uma
voz gentil que sabe receber, compreender, incluir, apesar das divergências e
incompatibilidades? Quem de nós é capaz de transformar ambientes agressivos, em
espaços onde o diálogo cordial e sensato pode mudar o clima das relações? Acredito
que esta é uma das inúmeras lições que a natureza nos oferece, a capacidade de
promover a vida que vai muito além da mediocridade egoísta. Estar em paz consigo mesmo, é estar em paz com
todos e com tudo. Mesmo os momentos conflitivos, não podem impedir o pulso da
vida, afinal ela é muito maior. Mesmo diante dos maiores obstáculos, sempre
haverá uma brecha para uma voz cordial, uma face amiga, um gesto receptivo.
Sintonizar-se com as forças da vida, é se permitir a exalar as cores e os
perfumes da beleza que cada ser humano traz em si, é ter a coragem e a humildade
de ser quem se é, potente, leal e legítimo filho da vida. Encantar-se e
encantar, é também contentar-se com gratidão e sabedoria.
Abraços ****
Vivi
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
JUSTIÇA E DEMOCRACIA
Considerando
a brutal desigualdade social em todos os sentidos, chegando ao desrespeito pela dignidade do ser humano, mais
do que discursar sobre justiça, deveríamos
perguntar o que temos entendido por justiça: de que justiça estamos falando? Qual
o significado da justiça? Seria a justiça um procedimento legal, que se orienta
pelas determinações da lei? Seria justiça sinônimo de retaliação condenatória?
Apesar dos grandes avanços da modernidade, ainda estamos aprisionados numa justiça
de exclusão. A justiça que se apresenta com a face da inclusão, do debate, da
contextualização, para se fortalecer, precisa abraçar a democracia
participativa. Justiça e Democracia Participativa caminham juntas, porque se
constroem e se articulam juntas. A democracia por meio do debate, tem a
capacidade de enriquecer e fortalecer os vínculos pela disponibilidade
informacional nos encontros interativos da factualidade. A democracia não se
resume às instituições, mas pelas diferentes vozes, dos diversos setores da população,
na medida em que de fato possam ser ouvidos. O processo democrático não se
resume apenas às eleições democráticas, mas se trata de promover tanto a
democracia participativa como a justiça na sua face de equidade. São elas juntas,
que poderão inspirar e influenciar ações práticas para muito além das
fronteiras, territoriais e relacionais. As pessoas são iguais perante a lei,
mas, possuem necessidades diferentes, histórias diferentes, capacidades
diferentes, habitam espaços diferentes. Promover a realização pessoal é
promover justiça como equidade e democracia como participação honesta, responsável e comprometida.
Abraços ****
Vivi
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
PROBLEMATIZAR
Por timidez,
comodismo ou desconforto, a dificuldade de questionar, perguntar, refletir,
problematizar, é um fato e um obstáculo para a ampliação do conhecimento e da
percepção do mundo. Contextualizar para entender, é quase uma necessidade neste
momento onde a complexidade da modernidade com sua velocidade desenfreada,
exige de todos nós um olhar mais abrangente para poder compreender os acontecimentos.
Estamos em rede, vivemos e convivemos na rede relacional e nesta fantástica tessitura,
onde a diversidade dos fios se interconectam, a compreensão dos processos das
tramas que se criam pede um olhar mais criativo disponibilizando espaços de
circulação. Criar e inventar possibilidades conectivas acontece na medida em que
as perguntas são elaboradas. Questionar é preciso. Quem sabe, muitos dos
desacertos do cotidiano ocorram em parte
pela não evidência dos “problemas”. Para inventar é preciso problematizar. Sem
saber o que acontece, se não somos capazes de ver os problemas e obstáculos, não há espaço
para o pensamento se articular e portanto não pode haver respostas criativas
apenas respostas obedientes, automatizadas e condicionantes. Aqui encalhamos,
somos capturados pelo círculo vicioso repetindo cegamente os mesmos modelos
controladores. A capacidade e a disponibilidade para problematizar e ver em
perspectiva, alimenta a reflexão e com ela a compreensão. Virgínia Kastrup então pergunta: “se não há produção de problema,
como pode haver invenção?” Se ainda tememos perguntar, como saber das coisas?
Se por comodismo ou conformismo, nem sequer perguntamos a nós mesmos o que
acontece, como fazer escolhas mais assertivas e agregadoras? Sem perguntas, não
há problemas e sem problemas o que resta é repetição de modelos saturados.
Então, o que queremos para nós mesmos? Que mundo queremos e almejamos para os nossos
filhos? Até quando vamos persistir e insistir na ignorância de não querer saber
e conhecer? Até quando vamos nos iludir que o mundo é um conto de fadas provido
pelo consumo e que a sombra jamais existiu?
Abraços ****
Vivi
terça-feira, 11 de setembro de 2012
TAL DENTRO TAL FORA
Interioridade e exterioridade são elementos inseparáveis. Muitas são as pessoas que ainda não conseguem perceber esta relação, onde as instâncias pelas quais nós humanos nos mobilizamos acontecem de forma conectada. Então, o jeito como uma pessoa se apresenta na sua vida externa está totalmente relacionada ao jeito como ela vive na sua vida interior. É muito simples: para saber como uma pessoa de maneira geral é, basta olhar a forma como ela se apresenta: seu carro, sua casa, suas gavetas, sua escrivaninha, sua bolsa, sua carteira..... Se desorganizada nestes elementos do cotidiano, certamente haverá igualmente desorganização na sua vida interior: distrações, ansiedades, euforias e depressões, falta de referência, perdida em seus pensamentos e necessidades, sem eixo, sem determinação e coerência... Nestes casos é muito comum que os seus ritmos alimentares, sono, atividade física, também apresentem um arritimismo relevante comprometendo sua vida e suas relações. Fato é que, tal dentro, tal fora. Portanto, estar atento ao que acontece dentro, na subjetividade, na intimidade, pode contribuir de forma favorável na compreensão do que, e do como, as coisas acontecem e se revelam na vida externa.
Abraços ****
Vivi
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
OS LÍDERES PODEM MENTIR?
“Se os
líderes podem mentir, então quem deve dizer a verdade?” Esta pergunta é feita
pelo arcebispo da Igreja Anglicana, Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o
apartheid na África do Sul, Desmond Tutu em artigo publicado pela revista Carta
Capital, onde ele se desculpa por sua decisão de não participar da Cúpula de Liderança
Discovery Invest em Johanesburgo. Com profunda veemência, ele afirma que liderança
e moralidade são inseparáveis e que os bons líderes são os guardiães da
moralidade. Diante da crise sistêmica do capitalismo neoliberal, que tem
afetado todas as nações e todos os cidadãos deste planeta, cabe a cada um de
nós, como partícipe e ao mesmo tempo recebedor das consequências desoladoras desta
ideologia, não se omitir, mas assumir a responsabilidade no árduo processo para
superar as injustiças. Fazer de todas as maneiras possíveis que as ideias construtoras
e dignificantes se espalhem e até mesmo se necessário for, apontar fraudes,
corrupções e desonestidades, no pleno exercício da democracia. Como cidadãos
comprometidos, não podemos admitir um líder sem moralidade. A verdade por mais
dolorosa que seja, deve ser colocada em pauta com coragem e fé, na esperança
que podemos construir juntos um mundo melhor para as gerações futuras, os
filhos de nossos filhos, os filhos de nossos netos, sejam eles biológicos ou
não, mas todos igualmente, independente de cor, sexo, credo, nacionalidade ou
território. Ter como máxima: mentir nunca, verdade sempre, com amor e
compaixão, no espírito humilde que tem nos acolhido ao longo de nossa história
humana.
Abraços ****
Vivi
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
SACRO OFÍCIO
Sacrifício é uma palavra que permeia o vocabulário de muitas pessoas,
trazendo na linguagem a idéia de um peso a ser carregado com grande sofrimento.
Todavia, a origem da palavra apresenta uma outra conotação: a palavra sacrifício
tem sua raiz na idéia de sacro ofício. O ofício que é realizado com tamanho
sentido e significado para a pessoa que o realiza, que passa a ser um ato
sagrado. Uma ação cuja relevância o executor seria capaz de dar a sua própria
vida. Viver o cotidiano da vida e se realizar a partir de ações que tenham
sentido e significado, é fazer da vida um ato sagrado, é a expressão da
transcendência na imanência. Imprimir a sacralidade nos atos mais simples do
viver aos mais complexos, fazendo da vida sucessivos "rituais" de sacralidade, é
agir, seja em pensamentos, palavras ou ações, pautado pelo respeito, humildade
gentil, cordialidade amorosa, compromisso generoso, plena responsabilidade,
gentileza para com tudo e com todos e ao mesmo tempo firmeza de propósitos e
honesta retidão de valores. Como a dispersão sempre está rondando o ser humano,
sustentar a clareza de sentido e significado em tudo que fazemos não é uma
tarefa nem fácil nem pequena. Contudo, se for possível ampliar a reflexão,
talvez seja este o momento em que a humanidade começa trazer mais efetivamente à
sua consciência de que o novo sagrado esteja nas Pessoas, no Ser Humano e não
fora ou distante dele. Um sagrado acessível para todos, sem a necessidade de
intermediários, mas algo que já está, bastando apenas acessar. O acesso à
sacralidade da vida é um caminho às vezes obscuro mas, quando o contato se
estabelece, tudo se ilumina. Todas as tradições apresentaram caminhos, basta
apenas querer ver e viver o verdadeiro sacro ofício, o ofício sagrado.
Abraços ****
Vivi
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
FALAR, FAZER E SER
Tudo é uma
questão de atitude! Articulando emocionantes palavras e frases de efeito, com prolixidade,
somos capazes de proferir emocionantes discursos, mas somos incapazes de agir
de acordo com nossas falas. Isto porque toda ação depende de um estado interno
da pessoa que age, ou não age. Tudo é uma questão de coerência. A desatenção e o descompromisso promovem o
distanciamento das pessoas nos diversos âmbitos relacionais. Acometidos pela
preguiça letárgica, nos afastamos do nosso potencial criativo e ficamos
soterrados nas frustrações que geram mais preguiça e falta de iniciativa. Então,
ficamos a espera de um “salvador”, seja ele um antidepressivo, ou outra droga qualquer,
pois o príncipe encantado, só está na história dos contos de fadas do
imaginário. Sair deste círculo vicioso para um lugar de virtuosidade é uma
questão de determinação, de um querer ser para poder fazer e realizar. Palavras
vazias não fazem conexão, afinal são vazias de sentido, apenas postergam e
adoecem, são causadoras de sofrimento. Pensar, falar e agir de forma coerente
com sentido e significado é fruto de um querer, de uma atitude decisiva,
pessoal, é fruto de escolhas. Milagres até podem existir, mas o maior milagre é
o potencial que cada ser vivo traz consigo, e com ele depositar em si mesmo autoconfiança para agir. O erro
faz parte da existência, mas a preguiça é violentar-se. A questão não é errar,
mas sim permanecer no erro, aqui se instala a má vontade, a negação da vida. Falar,
fazer e agir com coerência decisória é acreditar no Ser, é confiar na potência
de Ser um Ser Humano.
Abraços ****
Vivi
terça-feira, 4 de setembro de 2012
DA COMPETIÇÃO PARA COOPERAÇÃO
A passagem
da lógica binária da competição para uma dinâmica de cooperação, é um dos
desafios deste terceiro milênio. A modernidade líquida traz subjacente à sua
forma aparentemente diluída, processos de exclusão tais como: “ou você está
comigo ou contra mim”. São elas formas predatórias que alimentam a competição
desumanizada e vazia de diálogo. Para cooperar, é necessário compreensão e
reconhecimento recíprocos das partes que se disponibilizam a prosseguir juntas,
coexistirem. O fluxo da vida e das relações apresenta inúmeras possibilidades e
variações. Nada que vive é estático, tudo é dinâmico, se modifica, muda,
adapta-se. Insistir teimosamente em olhar apenas por um ângulo é negar o pulso vital. Aprender e incorporar um
olhar contextualizado, amplo, conectivo, é considerar a complexidade da vida,
seus ambientes, suas dimensões, nuances, diversidades, toda a riqueza de cores e formas
que se mesclam momento a momento. A meteorologia é um grande exemplo deste fenômeno
dinâmico e mutável que é a vida. Enquanto o ser humano se recusar a olhar de
forma mais abrangente, adaptativa, conciliadora, ele não será capaz de cooperar,
continuará alimentando o frio distanciamento da competição. Dialogar para
cooperar, compreender e incluir, tem sido uma exigência cotidiana nas relações
interpessoais, lembrando que dialogar não é impor ou confrontar adversários em
discursos onde a lógica domina. Dialogar é saber ouvir para poder compreender,
é considerar e incluir o outro, é encontrar elos de identificação para dar
continuidade às relações. Separados, os seres humanos não sobrevivem. Esta é a
nossa realidade. Cada vez mais somos chamados a viver juntos. Seja morando em
condomínios, circulando pela cidade, trabalhando nas empresas, só há sustentação
se houver uma disponibilidade pessoal para viver e conviver em espaços e
ambientes comuns. Para coexistir é preciso considerar o outro e seu entorno, sem
perder as diretrizes valorativas que preservam a convivência, ou seja,
critérios de justiça, equidade, respeito, responsabilidade.
Abraços ****
Vivi
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
PAZ - SERÁ MAIS UMA BANDEIRA DE CONSUMO?
Falar de paz
em tempos onde a agressividade violenta ronda nossas vidas ferindo nossas
relações, amputando nossos sonhos e rompendo nossos vínculos, pode tornar-se
uma bandeira bastante interessante para quem quer alimentar mais um item de
consumo na lista de produtos disponíveis. Discursos são proferidos clamando em
altas vozes nas campanhas, sobretudo as conservadoras e maquiadas com promessas
cheias de ideologismos publicitários. São aqueles que tentam iludir com
garantias simplistas e falsas, trazendo um perfume infantilizado mas conveniente. São aqueles
que se colocam a serviço de seus interesses pessoais, mas completamente à parte
do bem comum, aqueles que usam a
bandeira da paz apenas como um verniz superficial de favorecimentos inescrupulosos.
Lugares onde as pessoas pouco ou nada refletem, não pesquisam, não perguntam
não se informam, não questionam, acabam sendo terreno facilitador para
fertilizar ainda mais a ignorância e a mediocridade. A Paz como um valor que
traz consigo respeito, dignidade, responsabilidade, compromisso, honestidade,
vividos nas ações do cotidiano das pessoas e dos cidadãos que constituem um
povo, não poderia jamais ser deturpada de forma tão violentada. O Sujeito da
Paz, o Ser da Paz, aquele que a tem como
valor ético norteador de suas condutas pessoais, tem o dever de se colocar
atento preservando em suas ações este
compromisso inegociável. A Paz não pode ser uma bandeira levantada por
oportunistas irresponsáveis. A Paz é para ser preservada sempre. Se é ela que
almejamos verdadeiramente, em respeito à vida e à dignidade pessoal e coletiva,
em respeito às futuras gerações, precisamos agir com total retidão.
Abraços ****
Vivi
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
GESTO E EMOÇÃO
Gestos como encolher os ombros em sinal de desprezo ou
encurvá-los em sinal de resignação, assim como expressões faciais, parecem ser
processados pelo complexo sistema encefálico. Posturas corporais e gestos do
cotidiano, conduzem as pessoas a estados
emocionais diversos. Estar atento à qualidade
das nossas emoções, é fruto de um estado cuidadoso de presença
somática. As práticas corporais que
estimulam posições específicas respeitando a organização somática, qualificando
o estado de presença do praticante na postura e permitindo pequenas narrativas ou descrições de si mesmo,
favorecem o reconhecimento e contato com
a emocionalidade, geram estados emocionais mais saudáveis e ampliam a percepção de si. Ter consciência do gesto,
da postura e das emoções decorrentes, requer estados qualificados de presença
através de treinamento e educação
somática. Estar consciente de si, abre
caminhos para escolhas mais vitalizadas,
potentes, agregadoras, conectivas, inteligentes e amorosas. Habitar um corpo
saudável é viver a vida com satisfação. A realização pessoal que gera estados
de felicidade e plenitude dependem de expressões somáticas, gestos e posturas
no cotidiano, dos quais emanam sensações e emoções agradáveis e prazerosas. São
ações muscularizadas, que ajudam as
pessoas a atingir estados conscienciais
de paz e plenitude. Cuidar do gesto, da postura e da emocionalidade é
cuidar da saúde física, mental e espiritual.
Abraços ****
Vivi
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