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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

GESTO E AUTOBIOGRAFIA


O gesto é a expressão do ser humano vivo, na vitalidade de seu corpo vivo. Em cada gesto cada pessoa coloca o seu “si mesmo”, naquele momento em que o gesto se expressa.  Todo gesto, por menor que seja, tem a capacidade de revelar quem somos, onde estamos, quem de nós está ali naquele determinado instante, diante daquela determinada configuração do ambiente e suas afetações. Como uma palavra corporal, o gesto  comunica, faz contato, aproximando ou afastando pessoas e ambientes. A pessoa que habita o seu corpo, se faz presente nos presentes vivos da vida, nos encontros, consigo mesmo e com os outros, tem a chance pelo contato somático de se autoconhecer, se descobrir e agir sobre si mesmo no aperfeiçoamento da sua pessoalidade.  Muitas vezes o gesto é apenas esboçado através de uma simples expressão do olhar, nos mínimos movimentos da face ou das mãos, dos pés, num instante de respiração, mas sempre será revelador. Involuntário ou voluntário, o gesto sempre comunica algo, sempre haverá uma mensagem. Talvez não haja qualidade na presença para captar, mas será sempre uma linguagem, uma narrativa pessoal, única daquele instante. Compreender esta linguagem é refinar atenciosamente a presença,  uma presença que não seria menos sincera e valiosa que o mais detalhado dos relatos de uma vida escrita em uma folha de papel. O gesto é a expressão de uma biografia. Reconhecer o gesto é também se autoconhecer nas múltiplas narrativas e faces de si mesmo, é edificar uma autobiografia.
Abraços   ****
Vivi

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

QUER A PAZ ?


Desde a antiguidade havia uma máxima, fruto de misturas tóxicas culturais, que dizia: “Quer a paz? Então, prepare-se para a guerra”. Serão vencedores aqueles que estiverem preparados, os perdedores serão aqueles que não estiveram preparados. Diante destes  argumentos quem ousaria contestar?  Será que, não seriam os responsáveis por conduzir as nações e que presidiam o mundo da modernidade, o mundo novo, clamoroso em relação aos vencedores e completamente mudo em relação aos derrotados, que muitas vezes levantaram esta bandeira?  Este tem sido um mundo que pela “coerção legítima” promete por fim à violência usando a própria violência. Esta é uma linha que precisa ser transposta. Não é possível entender, nem tão pouco aceitar esta máxima, pois a experiência  histórica tem evidenciado que não é jamais através de guerras que poderemos  evitar  a violência. Pelo contrário,  toda violência, seja ela de que ordem ou manifestação, só pode gerar mais violência. Ocorre que, infelizmente ainda são muitos os que acreditam nesta proposição. Então, como desfazer este verdadeiro nó cultural, será a tarefa desafiante desde presente contemporâneo, para todos nós cidadãos deste planeta. O que não é possível mais admitir,  são os discursos padronizados e desprovido de valores inclusivos, que considerem o bem comum e a vida como o valor maior. Já é tempo de se compreender que a Paz é um valor  e que a Vida é um valor e um direito absoluto de todo ser vivo neste planeta, inclusive nós humanos. Usar a razão e a lógica em função da humanidade é saber manejar emoção e sensibilidade. Discernimento, bom senso, boa vontade, são elementos fundamentais para a continuidade da comunidade planetária, afinal como afirma Edgar Morin, somos 100% biologia e 100% cultura.
Abraços   ****
Vivi

terça-feira, 28 de agosto de 2012

OPORTUNIDADE E AGRESSIVIDADE


Todo ser humano é merecedor  de ser reconhecido na sua humanidade por todos os outros humanos e por sua comunidade de direito. Todo ser humano é portador de sua potência, de um potencial a ser acionado para dar passagem à força vital. Desenvolver o potencial que cada pessoa, sujeito de direito, traz ao nascer, é dever do Estado, no sentido de preservar e assegurar este direito. Educação, saúde, trabalho e salários digno, subsistência, moradia, família, locomoção, são direitos básicos do cidadão, sobretudo nos países democráticos onde o povo escolhe através do voto os seus representantes, cuja função é garantir que suas necessidades sejam atendidas e que ofereça todas as oportunidades  para que o potencial individual e coletivo seja atendido e estimulado com igualdade. Contudo não é este cenário que temos presenciado nos últimos tempos. Ainda não se conseguiu entender que, sem oportunidade, equidade e dignidade, a resposta óbvia é agressividade. Em territórios onde a desigualdade social assume formas constrangedoras de tamanha evidência, ser agressivo passa a ser quase uma constante entre pessoas e comunidades.  A agressividade nada mais é que, uma resposta do indivíduo e do coletivo desprovido de oportunidades para atender suas potencialidades. Uma terra sem oportunidade é uma terra com agressividade.
Abraços   ****
Vivi

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

COMPAIXÃO E ALTRUÍSMO


Compaixão e altruísmo andam de mãos dadas, onde um alimenta o outro, se retroalimentam. Quanto mais somos altruístas no viver cotidiano, mais o sentimento da compaixão se fortalece. Altruísmo no pensar e no agir, é fruto de uma escolha pessoal. Uma atitude que permeia cada momento, cada encontro do nosso viver, em todos os ambientes.  Ser altruísta, por uma postura interna, que decide pela via altruísta como um compromisso com o respeito e a responsabilidade diante da vida, e livre de qualquer forma de imposição ou contaminação por apelo de ordem religiosa, que espera resultados, dividendos e garantias, é ser capaz de resistir e sustentar silenciosamente uma escolha, no mais íntimo do ser. Ser altruísta por vontade própria, por um querer ser e fazer, é estar conectado a um compromisso ético. Esta não é uma postura que vem por um regramento externo, mas de sujeito autônomo. A ética acontece na muscularidade, é todo o corpo que participa, toda a cerebralidade da pessoa humana, viva, que se maneja no seu viver pautada  por uma conduta ética. É no viver, na ação, no verbo, que  a atitude altruísta acontece e é ela que tem a capacidade de fazer brotar a compaixão, mas é na ação. Quanto mais nos disponibilizamos a compartilhar com o outro e com o mundo, o nosso tempo, nosso talento, nossa capacidade acolhedora, nosso conhecimento, nossa paciência generosa que pode compreender e incluir, mais poderemos experimentar, somaticamente, o sentimento da compaixão.  Compaixão e altruísmo não se sustentam pela razão, mas pela condição de entrega em confiança na vida, na ordem universal, no  sagrado silêncio da existência.
Abraços    ****
Vivi 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O CAMINHO DA MATURIDADE


Biologicamente nascemos, crescemos, desenvolvemos para seguir do adulto maduro em direção ao processo de finalização do ciclo da vida, quando deixamos a árvore da vida. Nesta trajetória não faltam desafios, mas igualmente muitos são os conhecimentos a serem adquiridos,  aprendidos e experimentados. Sobreviver e manter-se vivo na viagem, é quase uma exigência biológica e com ela o olhar do presente em direção ao futuro, que solicita adaptação, flexibilidade, atenção, presença, ou seja, um conjunto de atributos que se apresentam ao longo do processo maturacional.  Nesta fase além do sobreviver, na preservação da vida e agora com mais qualidade, a transcendência é um outro atributo que desponta com forte apelo, embora que muitas vezes não saibamos  identificá-lo. Transcender o que? Inquietações, o que isto significa? Fato é que,  surgem perguntas e questionamentos, que colocam em xeque passado, futuro e presente, os quais a razão não consegue dar conta, ela é insuficiente. Embora que tenhamos adquirido conhecimento na trajetória, a racionalidade não consegue abarcar nossas inquietações, pois a via da maturidade se apresenta  em suas mais diversas faces. Se pudermos reconhecer  e seguir trilhando com o alimento da serenidade confiante,  o processo se torna mais facilitador, porém se a má vontade, o desdenho, o desprezo contaminar viagem, os impedimentos tendem a ganhar dimensões que podem ser insuportáveis. Caminhar na direção da maturidade, é alimentar um querer que se empenha em sustentar um verdadeiro compromisso com a dignidade da alma humana. Reconhecer para se respeitar, é também maturar.
Abraços    ****
Vivi

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

BILHÕES DE NEURÔNIOS


O cérebro humano, considerado como sistema dentro de sistemas, é uma arquitetura que apresenta uma colossal rede de axônios, que são as fibras que interligam os neurônios. São bilhões de neurônios que fazem trilhões de conexões entre si, segundo padrões de funcionamento. As ligações constituem verdadeiros diagramas e entender o caminho que o cérebro faz e como ele faz para a sua funcionalidade, é algo que os neurocientistas estão se empenhando em grandes pesquisas auxiliados pela tecnologia mais avançada e refinada. Porém, já é sabido que aprender e criar memória, é simplesmente o processo de esculpir, modelar, ajustar, fazer e refazer os diagramas das conexões cerebrais que cada pessoa faz desde o seu nascimento até a sua morte. No cérebro humano os bilhões de neurônios com sua trilhões de sinapses conseguem  produzir ações que se constituem em comportamentos.  Apesar desta arquitetura ter uma assimetria respeitada na sua anatomia e cujo padrão geral seja semelhante em todos os cérebros,  a complexidade desta rede é imensa e cada cérebro é único. Portanto, somos iguais, mas ao mesmo tempo diferentes. Entender a diversidade biológica e cultural é um passo para a maturidade do ser humano que está em processo evolutivo, pois ainda temos muito que aprender, esculpir, criar nas nossas relações de convivência. Temos já o potencial, mas ainda não conseguimos conviver com as nossas diferenças.
Abraços   ****
Vivi

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

EXPRESSÃO ARTÍSTICA: FONTE DA VIDA


Alguns autores afirmam que as artes foram uma compensação imperfeita para o sofrimento humano, para um estado de felicidade desejado, almejado e não alcançado, portanto frustrado, para uma inocência perdida. Entendo não ser bem assim, pois de alguma forma, alguma compensação elas trouxeram e ainda trazem  como um consolo diante de tantas calamidades provocadas pela natureza ao longo da história da espécie na sua luta pela sobrevivência e da maldade causada pelo ser humano capturado pela sua ignorância mais bestial. Contudo, as artes, todas elas em todas as suas expressões foram e são verdadeiras dádivas da consciência ao ser humano.  A capacidade de aspirar um futuro navegando pelos mares da imaginação, sonhar, almejar, elevar-se mais potente na sua potencialidade. A arte é a verdadeira expressão da alma humana, sua inspiração que inspira, transpira, respira o ar sagrado do coração/coragem de viver e sobreviver, apesar dos pesares.
Abraços    ****
Vivi

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ONTENS E AMANHÃS


Existem perguntas, fruto de inquietações permanentes do ser humano, tais como: de onde viemos e para onde vamos; que até os dias de hoje continuam sendo quase que uma obsessão humana. Especular sobre a posição que se ocupa no Universo. É pela memória que podemos nos situar entre um passado já vivido e um futuro antevisto, oscilando sempre entre os ontens e os amanhãs, que não passam de possibilidades. Uma verdade existe: se nascemos iremos morrer, mas, ao morrer haverá continuidade? Haverão outros nasceres e morreres num ciclo de continuidade? As diversas culturas em seus diversos tempos tentaram apresentar propostas e reflexões, porém ainda nada consistente. A curiosidade é um aspecto fundamental da mente humana que se projeta para um futuro a partir de suas memórias registradas pelas experiências vividas e por todos os registros deixados por nossos ancestrais. Um conhecimento que vai se edificando na procura das raízes e do vir-a-ser da nossa espécie. Fato é que, o futuro nos empurra para a frente e de alguma forma nos anima a prosseguir a trajetória no presente de cada instante vivido T.S.Eliot  escreveu: “ O tempo passado e o tempo futuro. O que poderia ter sido e o que foi. Aludem a um só fim, que é sempre presente.”
Abraços    ****
Vivi

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

EQUILIBRADO ESTADO MENTAL


Este é um estado que muitas pessoas procuram, só que a meu ver procuram em lugares inadequados. Numa medicina medicalizante, incentivada pela indústria farmacêutica, muitas são as pessoas que acreditam que um medicamento as farão felizes, imaginando que felicidade seja igual a um Estado Mental Equilibrado. Engano total. Sendo felicidade um estado de plena realização de si e que este “SI” está vivo e que o vivo se movimenta e se modifica a todo instante, felicidade é processo, é algo a ser conquistado e acalentado momento a momento, portanto processo.  Um estado mental equilibrado depende de esforço contínuo, determinação, disciplina, régia conduta, compromisso e comprometimento com valores éticos, seja a onde for e com quem for, portanto é algo que não pode ser entendido de forma simplória. É um estado que não se compra na farmácia, nem no supermercado, nem nas lojas de conveniência inclusive nos sexy-shop, nem na internet, mas é algo que se conquista momento a momento. Um estado mental equilibrado é fruto da reflexão, do silêncio, da dedicação. É fruto de uma escolha pessoal, uma “jóia” a ser preservada no mais íntimo do nosso ser e que faz brotar espontaneamente do coração e da alma uma felicidade genuína, através de um sorriso suave de contentamento e gratidão.
Abraços    ****
Vivi

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

PRONUNCIAMENTOS - CUIDADO NUNCA É DEMAIS


Temos vivido tempos de muita falação, uma polifonia e polilalia. Todos querem falar ao mesmo tempo e ninguém quer escutar. Então, ninguém se entende, incompreensão total. Mesmo não sendo compreendidos e não compreendendo, não somos capazes de parar um instante  de falar para poder ouvir o que o outro tem a nos dizer. Além de não parar de falar, seja por fora ou por dentro, falamos qualquer coisa e as maiores asneiras aparecem, fazendo grandes estragos nas relações. Ninguém se entende mesmo.  Em lugares onde todos falam ao mesmo tempo, ninguém se escuta, então o negócio é falar cada vez mais alto. O volume das vozes se elevam, com ele eleva-se o tom da conversa, que pelo desentendimento vai se tornando mais ácida e na acidez o que sobra é agressão, as mais dissimuladas, que acabam gerando violência, que de início parece “coisa à toa” mas que, com o tempo se torna altamente virulenta e destrutiva. Portanto, cuidado! Nestes ambientes todo cuidado é pouco.  Perder esta mania de ter que falar nem que seja qualquer coisa, é um vício que acarreta desavenças para quem fala e para quem escuta. Então, quem sabe poder considerar que, muitas vezes  é melhor ouvir do que falar. Às vezes, o silêncio fala muito mais alto e diz muito mais. Considerar que, nem sempre é favorável se manifestar diante das asneiras, besteiras, ignorâncias e frivolidades. Há um pensamento muito apropriado: “não se pronuncie a respeito das coisas infrutíferas”, e mais “ o sábio que for capaz de distinguir entre o que é útil e o que não é, jamais se pronunciará através de palavras fúteis”.
Abraços    ****
Vivi

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

UM MINUTO DA SUA ATENÇÃO



Na agitação os pensamentos se desorganizam, o coração acelera, a respiração fica superficial e a mente não consegue fazer foco.  Disperssão e superficialidade conturbam ainda mais, e os pensamentos ficam “pulverizados” e o raciocínio se perde completamente e com ele o discernimento, o bom senso. Este quadro tem haver com a falta total de atenção. Então, um minuto, por favor! Se conseguirmos parar por um minuto apenas, interromper o fluxo desordenado dos pensamentos direcionando o foco atencional para o simples ato de respirar, inspirar e expirar, tudo pode se organizar. Parece brincadeira, mas não é. Parece mágica, mas não é. Deixando a coluna ereta, se posicionar bem sentado em uma cadeira ou até mesmo em pé, e acompanhar com a atenção o ato de respirar, viabiliza ao cérebro um aporte de oxigênio maior qualificando as conexões neuronais, permitindo que o estresse se dissolva e tudo se acalme. O funcionamento cerebral está diretamente ligado à toda uma verdadeira cascata elétrica e química, através dos neurotransmissores no processo sináptico de passagem de informações, que o estresse tende a desorganizar, comprometendo a homeostase. Sob o estresse o cérebro , na sua necessidade de manter a sobrevivência, vai acionar hormônios para de alguma forma manter o organismo vivo, em funcionamento. Memórias são ativadas e a enxurrada de pensamentos tomam conta do sujeito gerando mais estresse. Para interromper este quadro, a respiração é o maravilhoso dispositivo. Pela atenção focada na respiração é possível retornar ao estado de equilíbrio. Portanto: um minuto de atenção!
Abraços    ****
Vivi

ATENÇÃO e CONCENTRAÇÃO NAS PRÁTICAS MEDITATIVAS

 MÓDULO I

31 agosto e 01 setembro 2012

 

Atenção e concentração são faculdades que quando treinadas se fortalecem e expandem, qualificando nosso modo de ser e estar no mundo, favorecendo um estado qualificado de presença.

A meditação é o fruto da atenção e da concentração, da capacidade de manter um foco. É um instrumento que viabiliza a plena realização do potencial humano.

A prática meditativa atenua as emoções destrutivas, intensifica as emoções saudáveis, educando a mente para aprender a lidar com o estresse, sendo fonte restauradora do equilíbrio psico-fisiológico.

Praticada com regularidade, a meditação permite um viver com mais dignidade, oferecendo meios competentes para atuar no cotidiano.

Neste seminário teórico-vivencial, serão abordadas técnicas das tradições Yoga, Vedanta Advaita,  budista Mahayana e cristã. Cada uma a seu modo aponta em direção à experiência do Sagrado, que não é patrimônio de nenhuma religião embora transite por todas.


GRANDES TEMAS
• Atenção – conceito e objetivos;
• Motivação e construção de novos interesses;
• Concentração tendo por apoio os sentidos e seus objetos de percepção;
• A meditação nas tradições orientais e nas monoteístas;
• A meditação além das fronteiras históricas e culturais, como via de conhecimento, autoconhecimento e compreensão.


Vivi Tuppy - Psicopedagoga, Bioterapeuta, Professora de Ética e Práticas Meditativas com formação pela Associação Palas Athena/SP, coordena grupos de meditantes, Gestora dos Programas Educadores da Paz e Gestores da Paz junto à Diretoria Estadual de Ensino de Araçatuba/SP, atuando com as Práticas Atencionais do Centramento e Coordenadora do Comitê da Alta Noroeste Paulista para a Cultura de Paz em Araçatuba/SP. 

INVESTIMENTO: 290,00 (pode ser dividido em 3x no cheque)
Reserva de Vaga: (18) 3622-7053
espacointeracao@uol.com.br


terça-feira, 14 de agosto de 2012

PAZ SERENA


Viver uma vida de paz e serenidade talvez seja a vontade de muitos. Então como vivê-la? Como sustentar um estado de paz e serenidade frente a tantos desafios desta modernidade que a cada dia nos faz mais exigências? Viver uma vida de paz e serenidade é uma escolha pessoal a ser renovada e reiterada momento a momento. É fruto de um cultivo interior. Compreender que a vida vai muito do além das necessidades básicas, das satisfações imediatas, do consumo idealizado. A vida e o viver fazem parte de um processo de construção pessoal conectado, ao melhor e ao maior do universo. É algo que se expressa na materialidade, mas transcende na sutileza refinada de uma consciência que se disponibiliza a participar, a ser e estar presente, no presente do tempo, onde pretérito e futuro compõe uma imensa dança cósmica. Estar na presença do mistério vivo da sacralidade, é se fazer na paz serena da divina consciência humana.
Abraços    ****
Vivi 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

EMOÇÕES E SOCIABILIDADE


Os seres humanos são todos dotados de razão e emoção, corpo e mente. Somos um e somos muitos ao mesmo tempo. Porém, nenhum destes atributos nos fazem separados. A dificuldade começa quando nos sentimos fracionados, pois somos corpo, mente, razão, emoção, sensibilidade, singularidade e também pluralidade, não há separação. O pensamento se articula com a emoção, na corporeidade que musculariza, desencadeando inúmeras respostas somáticas junto com os ambientes e as pessoas com as quais nos conectamos. Ao longo do processo evolutivo, o ser humano na sua formatividade foi selecionando formas e modos de ser e atuar nos ambientes e nas relações, para garantir  e preservar a sua existência. Cooperação foi um dos modos, que foi altamente necessários  para a sobrevivência deste humano neste planeta. Normas e regramentos foram igualmente elaborados para que os humanos pudessem prosseguir na sua história biológica e cultural. Corpos fazendo corpos e se fazendo nas culturas. Porém, algumas emoções evidenciaram e evidenciam até os dias de hoje a governabilidade da sociabilidade. Emoções que preservadas colaboram com as relações salutares da convivência: confiança, vergonha, compaixão, reverência, admiração, gratidão, amorosidade, cordialidade, gentileza, altruísmo.  Depositar esforço pessoal para sustentar estas emoções e atitudes que venham a reforçar estas formas de ser e estar no mundo, como opção pessoal, possa quem sabe, colaborar para  espaços relacionais mais dignos e salutares para vida que se processa minuto a minuto, no mistério generoso da natureza.
Abraços    ****
Vivi

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O CAMINHO DO CONTENTAMENTO


O contentamento anda de mãos dadas com a gratidão. Isto não significa que não possamos ter olhares mais amplos para o mundo, almejando novas possibilidades para a plena realização de si. Contentar-se, no sentido de ser grato com o que a vida nos oferece.  O alimento de cada dia, o ar de cada respiração, a água que sacia a sede, as cores que encantam a alma, o imenso espaço disponível igualmente a todos os seres, são dádivas ofertadas sem nenhuma exigência de retribuição. Perceber e contentar-se na gratidão de cada momento vivido, é saber viver na sabedoria da bem-aventurança. Saber deleitar-se com o mais belo e o mais nobre da vida, no cultivo permanente, fruto de uma escolha pessoal. A auto-realização é algo que tanto se fala e tanto se busca, nas mais diversas instâncias do viver, sem muitas vezes  entender que é na atitude humilde e sincera da gratidão e do contentamento que ela se manifesta.  Este é o caminho a ser seguido lentamente, pois é na lentidão da experiência vivida de cada momento vivido, com paciência e determinação, coragem e entusiasmo, que os frutos podem começar a brotar. Há que cultivar, arar, semear, cuidar, alimentar o terreno fértil do coração sincero, com o húmus nutridor da Luz interior. Seguir confiante o caminho do contentamento e da gratidão pelas pequenas coisas, compreendendo que a vida é como ela é, e se disponibilizar a viver uma vida de plena realização, é ser verdadeiramente um Ser Humano digno da sua humanidade.
Abraços   ****
Vivi

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PLASTICIDADE



No processo evolutivo, quando surgem os neurônios a vida passa por uma notável mudança. Como condutores de sinais, os neurônios possuem mecanismos capazes de transmitir e receber mensagens por vias eletroquímicas e são organizados em circuitos e redes complexas. Quando os neurônios surgem em organismos capazes de movimento, a vida adquire uma grande mudança. Tem início uma incessante progressão da complexidade funcional  na medida em que os comportamentos se tornam  cada vez mais elaborados, surgindo os processos mentais e  por fim a consciência. Mas há um segredo por traz  de toda esta complexidade, que é o grande número de neurônios e seu padrão de organização em circuitos, compondo regiões cerebrais macroscópicas, formando sistemas com intricadas articulações funcionais. No ser humano, o número de elementos cerebrais, como as moléculas que atuam sobre eles e os genes envolvidos no governo da vida desses neurônios, somado a todo um padrão de organização  entre estes elementos, ocorre um aumento na complexidade de toda esta circuitaria.  Aprender, adaptar, estabelecer novas conexões, refletir, imaginar, são fatores que contribuíram e contribuem para a regulação da vida.   A capacidade de aprendizagem do nosso cérebro mesmo quando idosos ou tendo sofrido lesões estruturais, evidencia um fator altamente relevante no processo de cerebralização: a neuroplasticidade.  Especialistas em plasticidade cerebral demonstram a capacidade que o nosso cérebro possui de se adaptar e aprender coisas novas, em qualquer fase da vida, basta que seja estimulado devidamente. Estimular o cérebro ativa os mecanismos de formação de axônios e sinapses que geram o aprendizado.  O segredo é exercitar o cérebro. Vai depender apenas do interesse e da disposição da pessoa  para querer aprender. Portanto, cuidado com preguiça!
Abraços    ****
Vivi

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

DECISÕES CONSCIENTES



Decisões conscientes começam com reflexão. Uma mente consciente da sua responsabilidade no viver e conviver, antes de tomar uma decisão se ocupa de todo um conjunto de elementos  para poder agir. Um processo pautado na própria reflexão, na simulação ponderada , numa espécie de “ensaio” de um cenário construído para selecionar as ações que sejam mais adequadas e agregadoras para aquele momento, diante daquelas circunstâncias, sem abdicar dos princípios éticos. Embora muitas vezes não tão perceptíveis, toda deliberação consciente tem por base a reflexão sobre o conhecimento e as experiências vividas, sobretudo quando temos que decidir sobre questões importantes em nossa vida. Educar nossa reflexão consciente para agir em nossa vida afetiva, em nossas amizades, nossa vida profissional, nas relações com as pessoas, as mais próximas e as mais distantes, em nossa vida cidadã e espiritual, talvez seja a base para qualificar nosso ser e estar no mundo. A consciência é uma conquista evolucionária do ser humano e portanto disponível a todas as pessoas, basta acessa-la com consciência. A capacidade de planejar e decidir de antemão, que ações queremos ou não queremos executar, é uma escolha que advém de um processo reflexivo.  Decidir e deliberar na plena consciência de si mesmo, é se fazer potente no viver. Dúvidas e inseguranças fazem parte do viver, a questão é se reconhecer nestes lugares e acionar o potencial para encontrar os caminhos mais conectivos e com mais encaixe,  para cada momento, diante dos acontecimentos. É estar consciente de si mesmo. Não há regras ou receitas, há bom senso, comedimento, discernimento.
Abraços    ****
Vivi

terça-feira, 7 de agosto de 2012

CAUTELA , PONDERAÇÃO E EQUILÍBRIO


Acumular informações e conhecimento nem sempre é referência de maturidade. Diante dos desafios da modernidade e toda a sorte de imprevisibilidades do viver cotidiano, a capacidade de auto regulação,  é algo que exige boas doses de cautela e ponderação para manter estados orgânicos, afetivos e relacionais o mais próximo do equilíbrio, no sentido de uma qualidade salutar. Investir em estados internos guiados pela reflexão consciente e pela vontade autodeliberada na tomada de decisões, considerando as consequências futuras das ações, é fruto de processamentos supervisionados pela autoria pessoal de um protagonista no exercício da sua consciência. Antonio Damásio em seu último livro afirma que: “analisar os fatos sem pressa, avaliar o resultado das decisões e ponderar os resultados emocionais dessas decisões é o caminho para a construção de um guia prático também conhecido com sabedoria.” A sabedoria permite deliberar comedidamente e ainda alimentar a esperança de nortear  o comportamento com base na ética e na auto ética.  É pela reflexão consciente que podemos responder às convenções culturais e às regras sociais com respeito e responsabilidade. Não se trata de concordar ou discordar, mas de refletir e ponderar.
Abraços    ****
Vivi

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PERGUNTAS MAIS QUE INTERESSANTES ...



No final do século XVIII, o grande filósofo Kant, propõe algumas perguntas que me parecem ser mais que interessantes, hoje necessárias: O que posso saber? O que devo fazer? O que posso esperar? O que posso acreditar? São questões fundamentais em nossos dias. Conhecimento temos muito, porém o nosso saber tem se apresentado compartimentado e a nossa maneira de saber e conhecer, se transcorre na fragmentação das especialidades e feudos, com pouquíssima comunicabilidade. É preciso interligar o conhecimento, reconstruir um saber e um modo de obter o saber e o conhecimento, que seja pertinente, que tenha significado na vida relacional, entre os humanos, a natureza e os ambientes, na diversidade cultural. Um saber de inclusão, integração, interligação. Em que posso acreditar diante de tantos desencantos? O progresso tem desintegrado as crenças e as esperanças e o futuro tem revelado angústia e incertezas. Então, o que podemos esperar? Diante deste cenário, o que devemos fazer? Acreditar, é possível? Onde está a confiança? Todas estas questões para serem respondidas, se faz necessário considerar as capacidades do ser humano, ter uma visão antropológica. Lembrar que o humano não é apenas razão, mas é também dotado de criatividade, de entusiasmo, de uma certa “loucura”. Ele não é apenas técnico, produtor de tecnologias e “engenhocas” ,mas também acredita em mitos, tem suas religiões e todos estes cenários são de grande complexidade que não podem ser negligenciados. Perguntar, problematizar, criar, vislumbrar, sonhar, inovar, faz parte de um se fazer presente na vida. Certezas controladoras podemos não ter, o que já é muito bom, mas perder a capacidade de criar, refletir, perguntar é negar a potência viva da vida. Podemos não ter as respostas, mas podemos ter perguntas. Isto é ter sentido e significado na dignidade de ser digno do viver.
Abraços   ****
Vivi

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

PENSAR BEM NO BEM


Dentro de um enquadramento classificatório, é possível encontrar pessoas consideradas otimistas e  pessimistas. A diferença é tão evidente,  que seria inegável o reconhecimento daquele que se apresenta amigável e amistoso, daquele que enxerga o mundo através de uma lente negra e sombria, onde o mal está sempre rondando . Em tempos onde a violência é fotogênica e rende altos lucros midiáticos nas notícias marcadas pelo sangue despotencializador, os pessimistas ganham o palco e todas as cenas. Acontece que a ciência contemporânea  já consegue comprovar que os pensamentos ruins, tidos como pessimistas, são gerados no córtex pré-frontal  e se projetam para o sistema límbico que é envolvido no processamento das emoções,  descompensando o sistema de defesa. Portanto, alimentar maus pensamentos é se manter no estresse. Interessante é saber que há pessoas que gostam de viver nestes territórios, por mais que sua “ barriguinha” esteja super bem alimentada, seu guarda roupa esteja atolado de coisas e mais coisas, sua geladeira nem consegue fechar muito bem de tanta coisa.... elas ainda se veem na pura desgraça. É o pessimista! Cuidado, porque isto contagia!  É preciso estar sempre atento, pois este personagem anda à solta por aí.... Pensar bem e no bem, faz bem à saúde física, afetiva, relacional e espiritual, mas é uma escolha. Livrar-se dos maus pensamentos, dos apegos e divagações mentais que não levam a lugar nenhum é uma escolha pessoal. Ser otimista, é olhar o lado luminoso da existência,  é alimentar a vitalidade, a jovialidade, a criatividade, a potência, a força interna, a esperança, a capacidade de admiração , os sonhos, a beleza apesar dos desafios, é manter ativo o processo metabólico, é estimular a atividade cerebral e retardar a degeneração neuronal .... Pensar bem e no bem, é cultivar a sabedoria da vida.
Abraços    ****
Vivi